Este é o animal mais longo do mundo e contém um interessante inseticida

Com comprimentos que atingem até 55 metros, os vermes cordão de bota (Lineus longissimus) fazem parte de um grupo de nemertinos marinhos com uma química pouco conhecida. Segundo um pesquisador da Universidade de Queensland, Johan Rosengren, uma família de potentes neurotoxinas protéicas está presente nesses vermes e que poderiam ter uma ampla faixa de aplicações comerciais. Seu estudo foi publicado na Scientific Reports.
A toxina da "minhoca" cordão de bota, conhecida como nemertida alfa-1, foi identificada nas grandes quantidades de moco espesso produzido pelo verme quando é fustigado. Segundo Rosengren, as proteínas de caracóis marinhos, serpentes, aranhas e o veneno de escorpião são utilizados como fármacos, ferramentas farmacológicas e dentro da biotecnologia e agricultura.
No entanto, a mais potente das novas toxinas identificadas produz efeitos em invertebrados similares à tetrodotoxina, uma conhecida toxina proveniente do baiacu que causa paralisia. Isto o converte em uma toxina inseticida potencialmente ideal.
Resta muito trabalho para caracterizar completamente estes peptídeos, mas os estudiosos esperam averiguar se poderão utilizar as moléculas de defesa dos vermes cordão de bota para controlar as pragas de insetos que destroem os cultivos e propagam doenças.
Como os caracóis obtêm suas conchas?
Todos os moluscos constroem suas próprias conchas, quer vivam na água ou na terra. Criaturas como caracóis, mariscos, ostras e mexilhões usam um órgão chamado manto para secretar camadas de carbonato de cálcio, que cristalizam e endurecem.
Os moluscos têm uma inclinação física para a direita, assim como a maioria dos humanos é destra, e isso faz com que suas conchas espiralem no sentido horário. Mas mutações muito raras podem produzir moluscos "canhotos", cujas conchas espiralam no sentido anti-horário.
Os moluscos permanecem nas mesmas conchas por toda a vida e nunca param de aumentar, embora acrescentem cada vez menos à medida que envelhecem. É como se cada concha fosse a autobiografia de um caracol e não existe uma igual a outra na natureza.
Por que tão poucas flores e frutas são azuis?
Na verdade, não há pigmento azul verdadeiro na natureza. Um pigmento cria cor absorvendo certos comprimentos de onda de luz e refletindo outros. A clorofila, por exemplo, faz com que as plantas pareçam verdes, o caroteno as faz parecer vermelhas ou laranjas e a xantofila as faz parecer amarelas.
As plantas fazem frutas e flores parecerem azuis mudando os níveis de acidez, adicionando moléculas ou misturando pigmentos. Mesmo assim, é raro ver uma planta azul sem tonalidade avermelhada: um mirtilo é levemente roxo.
Então, por que as plantas ficam azuis? Pela maior probabilidade de atrair polinizadores específicos. O azul é altamente visível para as abelhas.
Como um nautilus é diferente de uma lula?
Os nautilus são criaturas incríveis. Eles sobreviveram a cinco extinções em massa e podem aprender e lembrar, como demonstrado em experimentos de labirinto. Eles também são cefalópodes, mas fazem muitas coisas de maneira diferente dos polvos, lulas e chocos.
Neste vídeo do Museu Americano de História Natural, o curador e paleontólogo Neil Landman lista sete maneiras pelas quais esses cefalópodes são únicos entre seus vizinhos evolutivos. Além disso, damos uma boa olhada em seus cirros semelhantes a tentáculos e dentro de suas conchas.
A pobreza pode determinar a capacidade cognitiva de uma pessoa?

O cérebro humano não aparece de uma vez no panorama fetal, senão que suas estruturas se incorporam pouco a pouco umas a outras em um processo que começa no ventre e continua até a primeira parte da idade adulta. Mas tivemos que aguardar até os anos 90 do século passado para que começassem a pesquisar os efeitos de certas drogas e comportamentos sociais (como a violência intra-familiar ou o abuso sexual) no desenvolvimento do córtex cerebral.
Uma pesquisa de Pat Levitt, neurologista pediátrico do Hospital Infantil de Los Angeles, passou 20 anos estudando condições de crescimento fetal extremo, como uso de crack e pobreza em zonas urbanas marginalizadas. Foi um dos especialistas que entrou em polêmicas ao dizer que na realidade os bebês são mais fortes do que se pensava, pois podem atravessar o período de gravidez sem graves consequências apesar dos hábitos da mãe.
As células do corpo emitem luz antes de morrer, assim como supernovas no espaço

O cientista alemão Fritz Albert Popp, continuando o trabalho de Alexander Gurwitsch, conseguiu comprovar faz mais de três décadas que os seres humanos (e todo os seres) vivos emitem luz. Popp teorizou que estas emissões de luz débeis, as quais designou "biofótons", tem um papel importante na comunicação celular, articulando literalmente uma linguagem de luz que intervém na organização de diferentes funções. Suas descobertas sugerem que o nível de coerência destas emissões biofotônicas correlaciona com o nível de saúde de um organismo.
Certas doenças podem ser identificadas por padrões de emissão caótica, segundo explicou Popp em uma entrevista à jornalista Lynn Mctaggart, que publicou esta informação em seu livro "The Field". Há um par de anos, segundo publicou a revista de tecnologia do M.I.T., o cientista Sergey Mayburov, confirmou que as emissões biofotônicas intervêm em algum tipo de comunicação celular.
Como funciona a quimioterapia?
A quimioterapia é assustadora e debilitante, mas isso não é nada comparado ao câncer. A quimioterapia utiliza venenos perigosos para matar células cancerígenas, o que também prejudica os tecidos saudáveis. No entanto, a medicina moderna está fazendo grandes progressos no direcionamento exclusivo das células cancerígenas. Mas de onde veio essa ideia? Estranhamente, começou com uma arma química da Primeira Guerra Mundial. Aprenda sobre quimioterapia nessa lição TED-Ed.
Por que homens e mulheres experimentam o orgasmo de maneiras tão diferentes?

Ainda que biologicamente somos uma mesma espécie e, estruturalmente, nossa anatomia e fisiologia são idênticas, homens e mulheres temos diferenças corporais que, entre outras consequências, nos fazem experimentar de maneira diferente os mesmos fatos e circunstâncias.
Este é o caso do orgasmo. Ainda que se trate de um fenômeno, em geral, compartilhado por duas pessoas, situadas no mesmo tempo e lugar e, mais que isso, ambas protagonistas e artífices do fato, a experiência tal e qual acontece no interior do cérebro de cada uma é notavelmente diferente, reflexo também das divergências fisiológicas ocorridas entre homem e mulher durante este momento. Por exemplo, a maneira em que o sangue irriga a zona genital, ou a intensidade das contrações pélvicas próprias do clímax sexual.
Como tratar a infestação de pulgas de mais de 100 gatos grandes
Por si só, a puliciose, a infestação por pulgas -geralmente da pulga do gato (Ctenocephalides felis)- é um dos principais problemas de pele dos gatos pois pode ser tão frequente quanto difícil de ser eliminado ou inclusive identificado, porque os gatos se lambem muito e acabam mascarando o problema.
Para piorar essas pulgas são vetores de doenças infecciosas e, além de minar o pobre bichinho, provocando anemia, fraqueza e inclusive morte nos casos mais graves, infectam também o ser humano. Existem diversos métodos de acabar com essas pulgas (consulte seu veterinário), mas nenhum deles terá efeito se o ambiente não for higienizado em conjunto, porque os ovos, larvas e pupa não ficam no pelo do gato e sim no chão, no tapete, sofá, cama, etc.
Tristemente, o problema também alcança os grandes felinos. Então, imagine, se já é complicado tratar nossas bolas de pelo e suas unhas afiadas, como seria ainda mais se esses animais fossem puro músculo. O Big Cat Rescue mostra neste vídeo o que eles fazem para tratar suas dezenas de grandes gatos.
Vinte conselhos para interpretar resultados e publicações científicas

Por estes dias, vi um link para uma notícia no Facebook, que, com fogos de artifício, dizia: "Cientista respeitado prova que Deus existe". Evidentemente logo desconfiei do "Cientista respeitado", mas para que pudesse opinar seria necessário, primeiro, ler a matéria, foi o que fiz.
De fato a notícia era real, o título sim era fantasioso e exagerado ainda que guardasse algumas verdades em tese. O artigo era um resumo sobre algumas teorias que vem ganhando força recentemente e que já escrevi bem mais de um par de vezes sobre o assunto: a possibilidade de estarmos vivendo dentro de uma simulação computadorizada e que deriva em que o "Deus" do referido título sensacionalista pode ser um nerd alienígena brincando com o game no qual vivemos.
Todos conhecemos bem a característica incauta do senso comum facebookiano, que logo compartilhava a referida notícia aos milhares, comentários louvavam o tal cientista dando mostras de que ninguém havia lido nada ou, se sim, não tinham entendido patavina, o que é muito comum quando se envolve teorias quânticas. O mais cômico é que alguns poucos que tentavam explicar do que se tratava eram ignorados e chamados paradoxalmente de burros. O que me lembra de uma frase dita por meu pai:
- "Sabe como devemos chamar um idiota com muitos sectários? De senhor... é melhor chamar de senhor!"