Preferimos o dinheiro ou a felicidade?
Se você tivesse a opção de escolher entre aceitar um trabalho bem pago com um razoável horário trabalhista ou um trabalho muito bem remunerado, mas com muitíssimas mais horas de trabalho, qual escolheria? Segundo um novo estudo realizado pela Universidade de Cornell (EUA), a maioria das pessoas optam pela segunda opção.
- "Poderíamos pensar que o objetivo perseguido pelas pessoas é a felicidade, mas na realidade, a gente pensa em objetivos como a saúde, a felicidade familiar ou a condição social", afirma Alex Rees-Jones, um estudante de doutorado no campo da economia e coautor do artigo que será publicado no próximo número da revista American Economic Review.
- "Descobrimos que as pessoas buscam um equilíbrio entre a felicidade e outras coisas", afirma Rees-Jones. "Por exemplo, muitas pessoas diziam explicitamente nas seções de resposta livre que seriam mais felizes de uma maneira, mas que sua família seria ainda mais com melhores condições econômicas". Também assinalaram que às vezes preferem optar por um trabalho que proporcione menos felicidade para eles se consideram que pode gerar um status social mais alto ou uma maior sensação de controle.
O estudo consistiu em uma pesquisa realizada com mais de 2.600 participantes, na qual se consideravam diferentes cenários. Entre as possibilidades estava escolher um trabalho de $80.000 anuais, com um horário de trabalho razoável e sete horas e meia de sono a cada noite ou um trabalho de $140.000, com longas horas de trabalho e apenas seis horas de sono diário.
Em média, há diferenças sistemáticas entre o que a gente escolhe e o que pensa que lhe faria mais felizes. No caso deste estudo, as pessoas foram mais propensas a eleger o trabalho melhor remunerado.
Depois de terminar a pesquisa, perguntaram aos participantes se pensavam que suas respostas tinham sido errôneas e só 7% afirmou que estava cometendo um erro. Segundo os autores do estudo, isto indica que muitas pessoas estão dispostas a sacrificar a própria felicidade em favor de outros objetivos importantes, como a família. O interessante mesmo é concluir que a máxima felicidade não se percebe em seu próprio interesse.
Via | Cornell University.
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Comentários
de que adianta ter o dinheiro e não ter tempo para gastar
Com certeza a primeira opção.
Eu jamais desperdiçaria meu tempo com trabalho, só de pensar nisso dá-me náuseas.
Acho que a felicidade deve ser buscada antes de tudo, e não será papel ou metal que a darão, tudo aquillo deixará de ter importância um dia, e sim, podermos estar com quem amamos e fazermos o que gostamos.
80.000 dóllares por mês já é demais O_o
A mim, uns 300 por mês já tava mais do que sufficiente. Jaa ne
A 20 anos meus sonhos se limitavam a um carro usável, uma moto pra andar na cidade... casa própria... hoje tenho isto tudo, bem melhor do que sempre sonhei, mas... meus sonhos também cresceram...
Platão dizia que não existe pobreza, mas multiplicação de sonhos... se você não "quer mais" não "deseja mais" então é feliz...
Lembrei de outro pensador que dizia:
"Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador..."
Antigamente: Preferiria a felicidade.
Atualmente: Prefiro o dinheiro.
O que mudou?
Nada.
Apenas aprendi que sem o segundo o primeiro é, na prática, impossível de se obter.
E não venero o vil metal. Apenas sei utiliza-lo.
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