Agora que somos o segundo país com mais usuários do Twitter podemos emular Peter Parker ao repetir que "grandes poderes, suscitam grandes responsabilidades" (ou no caso, censuras) relacionada a rede social de microblogging, depois da mudança de políticas relacionadas com a censura seletiva de conteúdos que possam violar leis locais em alguns países.

Foi assim que a indústria da multa, representada nesta ocasião pela Advocacia-Geral da União entrou com uma ação na Justiça Federal de Goiás com pedido de liminar, para suspensão e bloqueio de contas no Twitter que informem sobre o local e o horário das blitzes de trânsito realizadas no estado. Em caso de não proceder com a exigência, a promotoria exigirá o pagamento de uma multa de R$ 500.000 diários ao Twitter.

A informação sobre barreiras policias de trânsito e o estado das ruas e rotas deve ser um dos principais tópicos em muitas cidades do mundo, motivo pelo qual este tipo de ação isolada poderia significar um bloqueio em massa de usuários em caso de prosperar. O dilema é com que critério avaliarão os perfis que deveriam ser fechados, isto é, é tão grave para o estado brasileiro o usuário que passa por uma blitz e comenta o fato em seu perfil como as contas que só tem a ocupação de informar 24 horas ao dia este tipo de notícias? Como é o caso da conta @LeiSecaRJ, um perfil colaborativo com cerca de 300 mil usuários, que tuita 24 horas sobre o estado do trânsito em tempo real. Mas também informa sobre as blitzes.

O argumento dos advogados da União é que a fiscalização reduz o número de acidentes de trânsito, também serve para combater a prática de outros delitos graves, como o furto de veículos, porte ilegal de armas e tráfico de drogas.

O Twitter ainda não respondeu à exigência da AGU, mas considerando o status de segundo país com maior número de usuários, algum tipo de resposta deverá ser conhecida nos próximos dias. Ainda que se a reposta for positiva, os alertas de blitzes deverão pipocar como fogo morro acima deixando como última alternativa a AGU fechar a internet no Brasil.

Via | Yahoo Notícias.

Nenhum comentário ainda!