Em um caso a mais de uma aplicação móvel que se populariza e depois é adquirida, mediante uma monstruosa soma, por um grande jogador da arena digital, Facebook anunciou que comprará o WhatsApp por 19 bilhões de dólares. Depois da queda do Blackberry, e de seu sistema de instantâneo integrado, milhões de pessoas buscaram como saciar sua compulsiva necessidade de comunicar com seus amigos, e sua busca concluiu quando encontraram esta aplicação disponível para dispositivos tanto IOS (Apple) quanto Android.

De acordo com informação publicada ao redor do anúncio desta transação, atualmente WhatsApp já tem 450 milhões de usuários, 70% dos quais utilizam a aplicação cotidianamente, e a cada dia está registrando um milhão de novos membros.

Apesar de que os envolvidos advertiram que ambas marcas vão operar independentemente, não deixa de resultar um tanto preocupante que uma das companhias digitais com a pior reputação no manejo de informação de seus usuários e garantias de privacidade, ou seja o Facebook, se torne dona desta app pela qual diariamente circulam milhões de mensagens privadas. Por outro lado, a compra reflete a aposta de Zuckerberg e companhia de consolidação no mercado móvel -recordemos que no início de 2012 Facebook adquiriu o Instagram por 1 bilhão de dólares-.

A operação demonstra um sucesso monumental para Brian Acton e Jan Koum, dois ex-trabalhadores do Yahoo que fundaram WhatsApp em 2009. Apesar de sua popularidade, a empresa conta com menos de 50 funcionários, a maioria dos quais são engenheiros, e só receberam investimentos de 8 milhões de dólares. Sobra dizer, por tanto, que depois desta venda, não vão ter problemas econômicos nunca mais em suas vidas, por mias longas que sejam.

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